Bahia x Vitória

Ba-Vi

Ba-Vi é um clássico de futebol hoje, ontem e sempre! Clássico em que se enfrentam os principais clubes da cidade de Salvador e do Estado da Bahia, o Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória.

Pela grandeza das torcidas, representatividade e tradição dos dois clubes envolvidos, é considerado o maior clássico da região Norte-Nordeste e um dos maiores do Brasil, envolvendo o “Esquadrão de Aço” e o “Leão da Barra”, que alimentam essa rivalidade há mais de 80 anos, em confrontos desde 1932.

O primeiro jogo entre os dois clubes foi realizado no antigo Campo da Graça, mas o clássico só viria a atingir a dimensão que possui hoje e atrair um número maior de torcedores graças a construção do antigo Estádio Octávio Mangabeira (atual Arena Fonte Nova), onde foram disputados a grande maioria dos Ba-Vis. De 1995 para cá, muitos clássicos passaram a ser disputados também na casa do Vitória, o Estádio Manoel Barradas, conhecido como Barradão.

Em todas as edições da Copa do Nordeste, o Ba-Vi decidiu três, com duas conquistas do Vitória (1997 e 1999) e uma do Bahia (2002), sendo este o único clássico estadual a atingir uma final do “Nordestão”. O Ba-Vi também é um dos poucos clássicos brasileiros em que foram disputados jogos do Campeonato Brasileiro nas Séries A, B e C.

Em 2016, foi eleito pela revista inglesa de esportes FourFourTwo como um dos 50 maiores clássicos entre clubes do mundo, ficando na 42° posição e o 4° entre os brasileiros.

Bahia x Vitória

Ba-Vi Hoje

Com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1988 pelo Bahia, se imaginava que o tricolor assumiria de vez o comando do futebol no estado, sem adversários à sua altura – o tricolor já havia sido tetracampeão baiano de 1981 a 1984 e tricampeão de 1986 a 1988. Entretanto, foi exatamente a partir daí que o Vitória reagiu e diminuiu a hegemonia do futebol baiano, conquistando a maioria dos campeonatos estaduais ( em 25 anos, foram 16 títulos estaduais para o rubro-negro ), e vencendo a grande maioria dos Ba-Vis desde então.

Dentre os resultados e conquistas recentes, o Vitória tem tido superioridade sobre seu maior rival, o que em décadas anteriores ocorria ao contrário, quando a superioridade era tricolor. Somente na década de 2000 ( entre 2000 e 2009 ), foram oito títulos baianos conquistados pelo rubro-negro ( 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2009 ), contra um do tricolor, na edição de 2001.

Em âmbito regional, também há um domínio recente do rubro-negro, com as quatro conquistas da Copa do Nordeste, em 1997, 1999, 2003 e 2010, fato que consolidou o Vitória como o maior campeão do Nordeste ( houve também uma edição conquistada em 1976 ). Pelo lado tricolor, destaca-se o tricampeonato nordestino nas edições de 2001, 2002 e 2017, essa última depois de 15 anos da última conquista pelo clube do Fazendão.

Levando-se em conta os números totais desde o primeiro clássico, realizado em 1932, o Bahia possui vantagem tanto em número de vitórias quanto em gols marcados, enquanto é do Vitória o maior número de goleadas recentes. Destacam-se o 6 a 2 aplicado no Baiano de 2005, o 5 a 1 aplicado durante a Copa do Nordeste de 2010, um novo 5 a 1 no Baiano de 2013 ( jogo que marcou a inauguração da Arena Fonte Nova ), além do 7 a 3 na primeira partida final desta mesma edição do Campeonato Baiano. Pelo lado tricolor, está a maior goleada do clássico ( 10 a 1, num jogo realizado em 1939 ).

É de se destacar que este salto recente do Vitória, em especial nas três últimas décadas se deve muito à construção do Estádio Manoel Barradas, o Barradão, inaugurado em Novembro de 1986. O Barradão foi um fator que alavancou o clube não só nacionalmente, haja vista o vice-campeonato brasileiro apenas sete anos após sua inauguração, mas também em sua disputa particular com o Bahia. Foi também após a construção do seu estádio que o Vitória praticamente dobrou a quantidade de títulos estaduais e conquistou mais quatro títulos nordestinos, tornando-se o maior campeão da Copa do Nordeste.

A primeira partida Ba-Vi

A primeira partida entre os dois clubes, porém, foi realizada muito antes disto. Ainda em 10 de Abril de 1932, às 16h05, no antigo Campo da Graça, Bahia e Vitória se enfrentavam pela primeira vez, em partida apitada por Vivaldo Tavares. Mas, com um detalhe: o Ba-Vi inaugural teve apenas 20 minutos. Isto porque o jogo foi válido pelo Torneio Início do Estadual daquele ano. Tal competição era muito tradicional à época e servia como uma preliminar do Campeonato Baiano. Composta por todos os participantes do estadual, era disputada em jogos eliminatórios de 20 minutos, num mesmo dia e local.

À época do primeiro confronto, a dupla Ba-Vi vivia momentos distintos. O recém-nascido Bahia era só alegria. Fundado em 1931, ano anterior ao jogo, havia conquistado o Campeonato Baiano logo em sua primeira participação. O time era a grande sensação da cidade. Por outro lado, o futebol do já trintão Vitória atravessava uma fase de instabilidade, porque ainda não havia adotado o profissionalismo. Em 1932, o rubro-negro decidiu voltar à disputa do Baianão após um tempo de ausência, talvez motivado pelo sucesso do novato Bahia logo em seu primeiro ano.

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Com um time melhor, mais entrosado, base formada ao longo da campanha do título estadual de 1931, o Bahia foi para cima do futuro arquirrival Vitória, que entrou em campo com um time recém-formado. Logo no primeiro ataque, Gambarrota recebeu na direita, passou por De-Vecchi e chutou por cima do gol. O detalhe é que De-Vecchi era goleiro, mas estava improvisado no meio-de-campo rubro-negro, prova do quão pouco era priorizado o futebol no clube.

Ba-Vi

Perto do fim do primeiro tempo, Raúl recebeu na entrada da área e chutou no cantinho do goleiro Walter, para fazer o primeiro gol da história dos Ba-Vis. O tricolor ia para os vestiários tranquilo. Além do 1 a 0, tinha dois escanteios de vantagem sobre o adversário. O número de “esquinados” era o segundo critério desempate. Gambarrota, de cabeça, e novamente Raúl completaram o placar no segundo tempo, 3 a 0 para o Bahia.

O primeiro clássico oficial e de 90 minutos foi realizado cerca de cinco meses depois, em 18 de Setembro de 1932. A exemplo do que aconteceu no jogo anterior, o Bahia venceu o primeiro Ba-Vi de 90 minutos por 3 a 0. Desta vez, com gols de Guarany, Bayma e Raúl. A partida teve arbitragem de Osvaldo de Souza e renda de um conto (milhão) e 206 mil-réis.

O primeiro triunfo do Vitória sobre o rival só aconteceria no dia 2 de julho de 1934, pelo placar de 4 a 3. A curiosidade negativa que marcou a primeira vitória do rubro-negro sobre o time que anos depois se tornaria seu grande arquirrival, foi o suicídio do jogador Bitonha, do Bahia. Após discordar da atitude do árbitro Vivaldo Tavares, que ordenara a repetição de um pênalti a favor do Vitória por uma irregularidade na primeira cobrança, Bitonha partiu para cima do juiz e o agrediu. A briga foi tão feia que Vivaldo nem retornou ao gramado. Bitonha, além de receber o cartão vermelho, foi preso ali mesmo. No dia seguinte, ao ver sua foto estampada nos jornais como o principal personagem da confusão, Bitonha envergonhou-se e acabou se suicidando.

A maior goleada
No começo, as goleadas em favor do Bahia eram frequentes, afinal, o Vitória só foi se profissionalizar em 1953. O Tricolor baiano já venceu de 10 por duas vezes. O Vitória, às vezes, conseguia surpreender e em 1948, por exemplo, aplicou um surpreendente 7 a 1.

A maior goleada do clássico aconteceu em 1939, quando o Bahia aplicou um imperioso 10 a 1. Ao contrário do ano anterior ( 1938 ), que em apenas dois jogos o Vitória havia sofrido 19 gols do rival ( um 9 a 4 e outro 10 a 2 ), no novo ano as coisas aparentavam ter mudado. Em três jogos que haviam ocorrido houve equilíbrio, com uma vitória para cada e um empate. No fim daquele ano foi organizado um amistoso com o intuito de arrecadação, marcada para o dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia.

O surgimento da rivalidade
Os primeiros Ba-Vis da história, porém, não foram cercados por toda a expectativa e rivalidade que cercam os clássicos disputados nos dias de hoje. Afinal, na década de 30 Bahia e Vitória ainda não eram os clubes mais vencedores do estado, e sequer os mais tradicionais da capital, Salvador. Tampouco tinham torcidas representativas. Em 1932, ano do primeiro Ba-Vi, o Bahia completava seu primeiro aniversário. O Vitória, ainda com um futebol semi-amador, vivia a fase de transição para o profissionalismo e o esporte principal disputado no clube era o remo.

A partir da década de 50, com a popularização dos dois clubes que anos mais tarde se tornariam os maiores da Bahia, o Ba-Vi passou a ganhar seus contornos de rivalidade e emoção, fato que tornou cada confronto entre os clubes um imenso atrativo para os baianos, em jogos que sempre atraem milhares de torcedores e geram repercussão nacional.

Bahia x Fluminense

Confira curiosidades sobre a história do confronto entre Esporte Clube Bahia e Fluminense Football Club.

Dados do confronto de 1968 a 2017

Partidas: 42 jogos

Quem mais venceu
Fluminense – 20 vitórias
Bahia – 8 vitórias
Empates – 14

Quem mais marcou gols
Fluminense – 53 gols
Bahia – 34 gols

Maior número de jogos sem perder
Fluminense – 11 partidas
Bahia – 3 partidas

Maior número de jogos sem marcar gol
Fluminense – 3 partidas
Bahia – 3 partidas

Maior diferença de gols
Fluminense – 4 x 0
Bahia – 3 x 0

Bahia x Vasco

Confira curiosidades sobre a história do confronto entre Esporte Clube Bahia e Club de Regatas Vasco da Gama

Dados do confronto de 1959 a 2017

Partidas: 43 jogos

Quem mais venceu
Bahia – 15 vitórias
Vasco – 11 vitórias
Empates – 17

Quem mais marcou gols
Bahia – 54 gols
Vasco – 45 gols

Maior número de jogos sem perder
Vasco – 7 partidas
Bahia – 6 partidas

Maior número de jogos sem marcar gol
Vasco – 3 partidas
Bahia – 2 partidas

Maior diferença de gols
Bahia – 4 x 0
Vasco – 3 x 0